Ele ficava ali (Ali?).
O dia inteiro.
Naquela imobilidade.
Tanta coisa para fazer.
O trabalho…
Os cuidados pessoais…
A própria higiene pessoal!
Os projetos.
Os sonhos.
Mas não tinha energia para sair do marasmo, do transe.
— Transe?
Talvez.
Era uma inamovibilidade maior do que a vontade de agir.
Do que a necessidade.
Planejava (!): “Vou dar um basta! Me mexer, realizar, fazer alguma coisa. Tanta coisa pra fazer!”
— Sim! Afinal de contas, é isso que conta. Fazer alguma coisa, qualquer coisa, ter a certeza de que algo foi feito, o que quer que tenha sido, é o que dá satisfação. A endorfina. Ou será a adrenalina?
Então…
Surge a hora planejada. O momento decisivo. A hora certa. Aquele instante. Aquele suspiro, que distingue o antes do depois, do agora mesmo. O piscar de olhos!
— Ihh…
A mofina é maior do que a vontade…
Que lástima!