Muito estresse!
A Oi me oferece um novo plano (“pacote”), garantindo que, aderindo a esse, eu pagaria menos do que vinha pagando.
A vendedora sabia quanto era a média dos meus gastos.
A ‘economia’ seria em torno de dez por cento.
E poderia fazer um upgrade na banda larga (muito estreita — que, ao fim a ao cabo, não se concretizou, por limitações técnicas da própria distribuidora/operadora), acrescentar um celular — ou até dois.
Eu, confiante, falei que não ia cadastrar o meu celular (ainda Brasil Telecom), mas que poderiam me enviar um chip — só um.
O que aconteceu?
– Recebi dois chips.
– Recebi duas faturas em um período inferior a três dias – valores muito parecidos.
Resultado: paguei uma, pois estava convicto de que tinham faturado em duplicata.
Mas não era bem assim. O que houve foi que recebi a fatura do plano antigo, referente a trinta dias, e a fatura referente a vinte dias de uso do novo plano.
Ou seja, em vez de uma economia de dez por cento, houve um acréscimo de trinta e três por cento.
Reclamei, argumentando que não estava certo. Disse que me haviam oferecido um serviço, e entregue outro.
Exigi que fosse feita a retificação. A isso, a atendente rebateu dizendo que não havia esta opção; havia, entretanto, a migração.
Cansado, eu concordei com a tal migração. Mas exigi que se registrasse uma observação, de que a tal migração ocorria porque me haviam entregue um produto que eu não havia contratado.
E dai? Foi-me cobrada uma muita.
Continuei com as reclamações. Os valores cobrados não refletiam o plano que me haviam oferecido, e a multa não procedia, pois o que houve foi uma retificação, e não uma migração de plano.
Depois de tanto desgaste, veio a resposta, depois de eu ligar estressado para o 10314: estava tudo certo com a minha conta e com o meu plano; minhas reclamações não procediam.
Então, eu requisitei as gravações de todos os QUINZE protocolos abertos, e mais da ligação em que a vendedora me oferecia a mudança de plano.
Garantiram-me que eu teria essas gravações em dez dias, que se passaram se nenhum retorno.
Finalmente, depois de eu ligar reclamando o envio das gravações, me foi informado que essas ligações não haviam sido localizadas. Como assim??
Então, aquela xaropada, de que ‘para sua segurança a conversa será gravada, e você pode solicitar a gravação’ é conversa mole pra boi dormir?
Tudo indica que sim.
Daí eu fui ao Procon, onde minha história foi considerada muito confusa – e eu penso a mesma coisa.
Porém, o técnico obteve o que eu não consegui em quatro meses de estresse: disse, taxativamente, que o cliente desejava voltar para o plano que havia contratado originalmente com a operadora, ou com outro plano de características semelhantes, caso não fosse possível a pretensão inicial.
Ainda assim, a situação não foi resolvida nos cinco dias estabelecidos. Passados seis dias úteis, ligaram em casa e informaram a minha mão que havia sido atendida minha solicitação. E eu não sei ainda sob quais condições.
Por exemplo, quais os débitos que eu realmente tenho que pagar.
Mas fica a lição, ou aliás, as lições: salvo melhor juízo, nenhuma proposta vem para nosso benefício, havendo sempre que nos concentrarmos nas letras miúdas; e nossa voz como consumidor não tem o mesmo peso que a dos órgãos e associações de proteção.
Então, não há espaço para hesitações: abuso? Procon!