Em quem você vai votar para Prefeito?

Publicado em 18 de agosto de 2012 por Jackson, antes de o blog ter sido crackeado

Desde que escutei argumentos estabelecendo a inutilidade do ato de votar branco, eu concordei com a tese.

Com efeito, abster-se não resulta em nenhum ganho prático.

Primeiro, porque as abstenções não incomodam aos atores das campanhas eleitorais. Desconheço que algum cargo eletivo tenha permanecido vago por conta dos votos brancos (ou nulos).

Segundo, porque não votar em ninguém favorece a que se elejam os candidatos sem projetos. Sim, porque estes dispõem de dinheiro para… ah, sei lá… entende?

Já ouvi de uma irmã que não tinha opção que não fosse votar em branco (em um dos pleitos passados). Eu discordei da declaração, mesmo desanimado com as opções que o “mercado” (infelizmente, literalmente isso) nos dispunha.

Hoje, entretanto, em penso que estou quase abjurando o argumento pela inutilidade da abstenção — ao menos, no que concerne ao cargo majoritário.

Puxa vida! Quanto desânimo!

Valorização do voto

Publicado em 11 de setembro de 2012 por Jackson, antes de o blog ter sido crackeado

A campanha do Tribunal Superior Eleitoral, em prol do voto consciente, é bem interessante. Destaca bem a importância de sermos criteriosos com o nosso voto, e analisarmos bem em quem vamos votar.

Os diversos vídeos apresentam cidadãos em posição crítica e franco protagonismo.

É tudo muito bonito, mas…

Spots na TV e no rádio são suficientes para educarem os cidadãos para o voto consciente?

O exercício da cidadania se completa na simples entrega do voto?

Votamos, elegemos representantes que decidirão em nosso nome o que o Estado fará em prol de nossas necessidades, e a democracia e a política se satisfazem nessa liturgia?

Ou será que o voto se caracteriza como um dos componentes da cidadania, como as manifestações, reivindicações, reclamações, cobranças, demandas, protestos, campanhas, mutirões e que tais?

Não seria o caso de o voto ser o coroamento do processo de participação política e cidadã, e o início de novo processo, agora buscando o cidadão-eleitor se inteirar das ações do seu representante, reclamando de seus desmandos e de sua inércia, cobrando transparência de seus atos?

Será que o Tribunal Superior Eleitoral não estará preso na teia da burocracia, discursando em prol do voto consciente mas divorciado do protagonismo de que poderia ser capaz?

Será que a Justiça Eleitoral se traduz simplesmente no depósito do voto na urna? Se sim, estamos mal, pois há pelo menos um século a urna já não é urna — depois de saco passou a unidade de disco.

Já que todas as instituições insistem em posar de protagonistas, por que não fazer mais do que o simples teatro? Por que não exortar os cidadãos a uma participação mais efetiva do que o simples votar?

Que tal sugerir a fiscalização dos eleitos? O controle da atividade parlamentar e administrativa? O conhecimento do processo legislativo?

A propósito, por que será que não causa nenhum constrangimento o fato de certos expedientes dos nossos parlamentos serem deliberados em votação secreta?

Em que nos interessa termos representantes políticos “tímidos”? Se é assim, melhor seria que nós mesmos pudéssemos deliberar sobre os assuntos de nosso interesse.

Sussurros do alpendre

Publicado em 22 de agosto de 2012 por Zeneide, antes de o bolg haver sido crackeado

 

“Não quero me envergonhar amanhã
daquilo que escrever hoje” André Guide

Começando a conversa

Estou esperando Caroline sair da aula. Sou mãe e espero a minha filha. Há pouco, lá na escola, comemoramos o Dia das Mães.

Vou fazer um livro! As árvores aqui da UFT são inspiradoras. Sentada no cupim abandonado acendeu-se a luz de Einstein. Ops! Pra que mentir a essa altura da vida? A lâmpada é invenção de Edison… e não quero nem saber quem descobriu a América, quero mais é que a cubram novamente.

Pois bem! Vou fazer Meu livro. Ganhei um caderno tudo de bom, sem linhas e de papel reciclado. Capa lindinha com pintura de um menino lendo um livro usando um método maravilhoso: livro aberto ao meio e colocado sobre a cabeça e um sorriso de já sei tudo. Essa ideia ainda vai revolucionar o mundo das leituras.

Zi fez direito, Áurea faz direito, Jackson fez direito e eu faço o quê? Sou fiel cumpridora das leis. Recordo-me daquela que foi inventada para aumentar os livros e as árvores do mundo: Toda a gente deve plantar uma árvore e escrever um livro. Plantei árvores – goiabeira, cajueiro, tamarindeiro, mangueira, áurea caroline… e como meu pés já estão mais pra perto da cidade sem volta… vou cumprir minha outra obrigação.

A bem da verdade vou pedir licença pra contar causos ouvidos na infância. Fui infante! ‘Deus nos concedeu a memória, mas também o esquecimento.’ Quero dar vida a algumas lembranças. Tirar a poeira do esquecimento. Pretendo ficar atenta ao ensinamento de Roland Barths: Sobretudo, não procure ser exaustivo.

Quero escrever algo leve, sem o ranço das coisas mal-resolvidas, de lembranças zangadas e maledicentes. Que essas mal-traçadas-linhas falem duma impressão otimista sobre os homens.

Bom já acertara comigo mesma que iria escrever o livro, faltava o mais difícil. O título da minha obra. Fiquei um pouco apreensiva. As memórias iriam se tornar uma obra? Tomara que não. Lá de onde venho obra não é coisa bonita. Lembro disso com nitidez: tem uma obra no meio do caminho lá da vazante, o menino tá todo obrado, fizeram uma obra no quintal.

O palco das histórias era o alpendre da casa de Madrinha e Padrinho. Principalmente lá. Tantas histórias, falsetas, causos, ranzices, na debulha de feijões ou nas noites de luar. O lugar está habitado de memórias, no frechal das vigas, nos bancos rústicos de madeira, no vão das janelas, penduradas nas telhas, atrás dos armadores… Nas noites silenciosas e sem luar é possível, ainda, ouvir vozes antigas que desejam ser ouvidas e ter suas histórias relembradas. São sussurros do velho alpendre.

Dúvidas

Publicado em 6 de agosto de 2012 por Jackson (antes de o blog ter sido crackeado)

Li, anos atrás, que o grosso de nossos representantes (deputados e senadores) têm formação jurídica. Simplificando grosseiramente: são advogados.

Em que isso importa? A matéria que li argumentava que o problema de nossas leis não decorre necessariamente do desconhecimento do fundo legal-moral-ético, uma vez que os juristas estariam bem representados  nos nossos parlamentos.

O problema seria de outra configuração. Talvez interessasse aos nossos representantes a sensação de estranheza e o caos.

A esse respeito, já ouvi — para meu desgosto, mais de uma vez — a expressão “criar dificuldades para vender facilidades”.

Então  assim, nossos parlamentares seriam beneficiários dessa babilonia que é nossa legislação, nosso arcabouço legal, nosso sistema judicial. E posam de “facilitadores” do processo para o povo.


Mas por que todo esse discurso?

Porque me parece que não é só nos parlamentos que a formação jurídica não representa a garantia da aplicação mais racional, lógica e humana das disposições legais.

Sim, juristas são humanos. E podem ser egoístas. Vaidosos. Soberbos.

Ah. Mas já chega (por enquanto).

Hello world!

Welcome to WordPress. This is your first post. Edit or delete it, then start blogging!

Aqui estou, reiniciando o blog, depois de um hacker o haver invadido (porque não cuidei da segurança).

Até fiz backup – depois da invasão, pode?

Pois é.